O Novo Dono Disto Tudo

O email de Hugo Mendes enviado à ex-CEO da TAP, em que segundo noticiado, “pediu!?” a alteração de um voo do Presidente da República por uma questão de conveniência política, alegando que este era um aliado político – até aqui nada de novo – mas que se podia tornar o “nosso pior pesadelo”, o que é completamente irrealista, especialmente levando em linha de conta as últimas declarações de Marcelo proferidas na passada semana, em que afirma, que não “existe oposição ao PS”, literalmente apunhalando pelas “costas” a sua suposta área política, é a prova mais que evidente, da completa instrumentalização pelo regime, da maior empresa pública nacional.

 

Já não me refiro só aos conhecidos escândalos de corrupção, de clientelismo e de favorecimento pessoal, nunca objeto de um competente inquérito instaurado pelo Ministério Público que ensombram esta grande empresa, e que são conhecidos há décadas, sendo a única razão pela qual esta grande empresa pública, é o maior sorvedouro de dinheiro dos contribuintes portugueses.

 

Refiro-me ao descaramento; à absoluta consciência de impunidade; ao despotismo absoluto; à mais completa falta de sentido de estado; à total ausência da noção, daquilo que deveria ser o exercício de um cargo público, como o de secretário de estado, e obviamente com o aval conhecido, para não dizer, instrução, do ministro Pedro Nuno Santos, e, obviamente de António Costa.

 

E este triste episódio, é bem sintomático da total podridão de um regime instalado, vai agora fazer 49 anos no poder. António Costa, tudo conquistou. Todo o poder legislativo. Todo o poder central e local. Todo o poder judiciário. Todos os órgãos e administrações públicas direta ou indiretamente dependentes do Estado, i.e. do governo, ou seja, dele próprio. E mais grave ainda, tomou de assalto o Ministério Público com a não inocente nomeação de Lucília Gago para substituir Joana Marques Vidal, que mal se sentou na cadeira do poder, transformou todos os procuradores adjuntos em meras “marionetas” do regime, quando alterou as ordens de serviço, e instituiu as “ordens e a intervenção hierárquica em processos concretos”, fazendo com que estes, os superiores hierárquicos, se arrogassem e tivessem o direito, de emitir diretivas, ordens e instruções concretas sobre determinadas diligências processuais, sendo que os subordinados, os procuradores titulares dos processos,
apenas tivessem a faculdade de desobedecer, no caso de uma ordem ilegal ou de grave violação da consciência jurídica, e que teria de ser sempre fundamentada pelo magistrado em causa, o titular do processo, sob pena de sanção disciplinar (como se algum o fosse fazer, pondo imediatamente em risco toda a sua carreira e sendo consequentemente alvo de atitudes persecutórias).

 

António Costa é efetivamente o novo “Dono Disto Tudo”. Ou se preferirem, o único soberano português que subiu ao poder, sem ser pela linha sucessória, mas antes pela conquista subversiva contando, tal como escreveu no famoso email, o secretário de estado Hugo Mendes, com o seu sempre e maior aliado, Marcelo Rebelo de Sousa. E aqui chegámos. Mas não para surpresa de muitos, nos quais me incluo. Na política portuguesa, António Costa, comporta-se como o capitão de uma equipa de futebol, que vai disputar a final da Taça de Portugal, não contra apenas uma única suposta equipa adversária, mas com uma equipa que se fundiu à última hora, com uma outra.
Previamente António Costa, conseguiu comprar, manipular e intimidar, dez dos jogadores adversários. Apenas não conseguiu os seus intentos, com o guarda redes desta suposta equipa adversária, que desconhecia toda a trama realizada. Quando o “jogo começou”, estupefacto, este guarda redes apercebe-se que tinha de guardar a
baliza, não apenas dos 11 jogadores adversários, mas também dos dez jogadores que era suposto pertencerem à sua equipa.

 

Incrédulo, sofre as maiores faltas dignas de verdadeiros cartões vermelho e consequente expulsão dos jogadores adversários, perante a completa passividade do árbitro, que nada via de contrário às regras do futebol.

 

Minuto após minuto, este guarda redes, verdadeiro herdeiro do autêntico espírito guerreiro lusitano, vai aguentando as hordas de ataque dos 21 jogadores que tentam por todos os meios não só meter golos, como entrar pela sua baliza adentro.

 

O árbitro continua sem nada ver e nada fazer. Pelo contrário, marca-lhe sempre falta cada vez que este valente e destemido guarda redes, sai da sua pequena área para realizar uma defesa da sua baliza, cada vez mais ousada, porque os ataques que sofre são de crescente intensidade e violência. Mas já não estranha o comportamento do árbitro. Percebeu duas coisas: que eram estas as regras do jogo e que tinha de defender a sua baliza custasse o que custasse, inclusive a sua vida. Alguns golos vão forçosa e infelizmente, entrando.

 

Mas o jogo ainda não acabou.

 

Desafio os leitores, a descobrirem quem é o árbitro, a que clubes pertencem os jogadores da suposta equipa adversária, e no final, a que clube pertence o temerário guarda redes e especialmente, o que é “baliza” que o mesmo protege a todo o custo!?

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